IBRAF coordena estudo sobre potenciais econômicos entre o Nordeste brasileiro e a África lusófona em parceria com o Ipea e a CEPAL
O Instituto Brasil África (IBRAF), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), está coordenando um estudo que busca mapear o potencial de mercado de consumo de bens e serviços entre o Nordeste brasileiro e a África lusófona para fortalecer a balança do comércio exterior.
O estudo tem duração prevista de seis meses e espera servir de base para iniciativas públicas e privadas que busquem fortalecer o comércio bilateral entre as duas regiões.
“Há grande potencial a ser explorado nas relações entre Brasil e países africanos e a criação de infraestrutura que viabilize novos negócios é parte importante para o estreitamento de relações”, disse o diretor de estudos e relações econômicas e políticas internacionais do Ipea, Ivan Oliveira.
É também importante ressaltar que, com recente aprovação da Área de Livre Comércio Continental Africana, a região apresenta grande potencial econômico, gerando um PIB combinado superior a US$ 3 trilhões e beneficiando mais de 1 bilhão de pessoas. Dados do Fórum Econômico Mundial também mostram que quase metade dos 40 países em desenvolvimento com as melhores taxas de crescimento estão na África. Desta forma, o continente se torna um ambiente de negócios extremamente atrativo em nível global.
Um dos objetivos da pesquisa é justamente entender se o fortalecimento das malhas de transporte marítimo e aéreo entre o Brasil e a África trazem a possibilidade de potencializar o mercado consumidor entre as duas regiões, bem como permitir novas oportunidades para a circulação de serviços e bens aos setores produtivos dos dois lados do Atlântico, em especial para os países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Do ponto de vista econômico e social, teremos um maior detalhamento sobre o histórico de relações do Brasil com os países da CPLP, em especial, e, a partir disso, poder identificar tendências. Pelas previsões, a África será um dos maiores mercados do futuro, então é fundamental que empresas brasileiras tenham uma visão do que já ocorre lá, quais são os campos de investimentos e as oportunidades, para que possamos ter um planejamento a longo prazo”, finaliza o economista do Instituto Brasil África, Igor Lucena.