“Materializar ideias em ações” – Presidente do IBRAF debate cenário para negócios em países africanos com empresariado brasileiro

O Presidente do Instituto Brasil África, Prof. João Bosco Monte, participou, nesta sexta-feira (30), do seminário “Brasil – África, Oportunidades, Investimentos e Negócios”, organizado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas).

Em uma análise sobre o cenário atual das relações entre o Brasil e os países do continente africano, o Presidente considerou que “as ideias existentes precisam ser materializadas em ações, em algo concreto”.

“O Brasil precisa ir pra África porque é o continente que, hoje, é o potencial. O Brasil tem uma economia muito volátil. A economia hoje está bem, mas amanhã não está, e os empresários brasileiros precisam achar outra via”.

Também convidada, a CEO do Standard Bank, Natália Dias, questionou os motivos pelos quais o Brasil não está fazendo negócios com a África, diferente de outros países, e reforçou que “é preciso conhecer as características do mercado africano”.

Reforçando a ideia, o Presidente do IBRAF afirmou que as afinidades entre empresários brasileiros e africanos precisam ser estimuladas. Entidades empresariais podem servir como “catalisador” para um ambiente de aproximação, mas também é preciso envolver agentes dos governos em todos os níveis.

“Se nós não tivermos uma ação governamental, fica uma retórica que não avança muito. É preciso que nós, sociedade civil, empresários, cobremos dos governos a fazerem o seu dever de casa. Não adianta, por exemplo, termos dificuldades de visto. Como um empresário africano vem fazer negócio aqui no Brasil se ele tem dificuldade de visto?”.

Ex-Ministro da Agricultura do Brasil, Alysson Paulinelli destacou que “Brasil e África se complementam. Essa complementaridade precisa ser melhor aproveitada pelas duas áreas”.

“Se nós, hoje, ainda somos um país que tem problemas internos, estamos com a nossa economia combalida, mas a nossa tecnologia está à disposição, ela é crescente. Estamos caminhando para um outro grande salto, que é a bioeconomia. O Brasil está na frente de países desenvolvidos nela, nós somos os detentores, e o clima tropical nos favorece”, enfatizou o ex-Ministro.