Institutos Brasil África e Fome Zero promovem encontro para tratar de insegurança alimentar

No próximo dia 26, às 11 horas da manhã, ocorrerá o webinar “Perspectivas para a segurança alimentar na África e na América Latina”, gratuito no canal do youtube do “Brazil Africa Institute”. O encontro vai debater, entre outros pontos, o acordo assinado durante encontro do G7, no Japão, que prevê, entre outras coisas, assistência humanitária aos países africanos que enfrentam emergências, financiamento e apoio à exportação de grãos da Rússia e Ucrânia.

O governo Lula destacou a importância da preparação para futuras crises de segurança alimentar como a gerada pela pandemia de Covid-19 e o acesso a informações e análises como aspectos-chave para prevenir riscos de crises alimentares. Por esta razão, o Brasil propõe a retomada dos Planos de Preparação para Crises de Segurança Alimentar, por meio de apoio do Banco Mundial e o fortalecimento da coordenação dos doadores nas respostas às crises alimentares, incluindo assistência humanitária de emergência e medidas de mitigação para as populações mais afetadas.

Os esforços do grupo apontam para alimentos nutritivos, seguros e a preços acessíveis como pontos de necessidade humana básica. O presidente do Instituto Fome Zero e ex-diretor da FAO, José Graziano, lembra que a insegurança alimentar gera o consumo de ultraprocessados que fazem mal a saúde.

“Sabemos que quem acaba com a fome não é só o governo, mas é a sociedade quando se une. Setor civil organizado, setor privado, além dos órgãos públicos. Isso sim é o que faz acabar com a fome. Assim foi a campanha do Fome Zero, que se uniu a parceiros. Temos que comer bem todos os dias e não só em datas específicas”, destaca.

De acordo com dados do UNICEF, no Brasil, ao menos 32 milhões de meninos e meninas vivem privados de direitos básicos com múltiplas dimensões da pobreza: renda, educação, moradia, água, saneamento e informação.

O relatório define soluções que incluem a promoção da segurança alimentar e nutricional de gestantes, crianças e adolescentes, garantindo direito à alimentação adequada e reduzindo o impacto da fome e da má nutrição nas famílias mais empobrecidas.

 Pensando no tema, o Instituto Brasil África e o Instituto Fome Zero se uniram para apresentar soluções que visam garantir políticas para erradicar a fome com a oferta de alimentos nutritivos e processos agrícolas sustentáveis.

“Nós temos plataformas de capacitação que estão ajudando jovens africanos a produzir melhor e acabar com pragas que prejudicam a agricultura. A tecnologia brasileira é de extrema importância para o desenvolvimento africano e, consequentemente, a troca pode trazer oportunidades para uma alimentação de qualidade. Isso também vale para o Brasil, que sabe o que precisa fazer para sair do mapa da fome”, ressalta o presidente do Instituto Brasil África, João Bosco Monte.

Recentemente, o professor João Bosco Monte se encontrou com a diretora adjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Maria Helena Semedo, em Roma. O Instituto foi convidado pela FAO para ser o responsável por atribuir ferramentas e tecnologias brasileiras, assim como ocorreu em 2022.

A mediação do webinar “Perspectivas para a segurança alimentar na África e na América Latina” será da jornalista Kamila Fernandes.