IBRAF e Banco da Amazônia iniciam estudo inédito sobre oportunidades entre a Amazônia e a África

Imagem ilustrativa: produtos típicos da Amazônia

O Instituto Brasil África (IBRAF), em parceria com o Banco da Amazônia (Basa), está conduzindo uma pesquisa inédita para identificar o potencial de inserção dos produtos e serviços dos estados da Amazônia brasileira nos mercados africanos. O estudo será lançado durante o Fórum Brasil África 2025, que acontece nos dias 4 e 5 de novembro, em São Paulo.

A iniciativa contribui para aprofundar as relações entre o Brasil e o continente africano, por meio da produção de dados, análises e recomendações que poderão orientar políticas públicas, decisões empresariais e ações institucionais.

Presidente do Instituto Brasil África, professor João Bosco Monte ressalta que a iniciativa reforça um dos pilares do trabalho da instituição. “A realização desta pesquisa reflete o compromisso do IBRAF com a produção de conhecimento estratégico. Gerar dados, mapear oportunidades e compartilhar informações qualificadas é fundamental para fortalecer os laços entre o Brasil e a África e orientar tomadas de decisão em diferentes setores”, afirma.

A colaboração com o Basa reflete o esforço conjunto para impulsionar o desenvolvimento sustentável da região amazônica, conectando suas vocações econômicas com mercados africanos em expansão. A atuação do banco como agente de fomento regional ganha nova dimensão ao contribuir com iniciativas que ampliam a inserção internacional da Amazônia.

A pesquisa contempla os nove estados que integram a chamada Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A inclusão desses territórios garante uma abordagem ampla e representativa da diversidade econômica e produtiva da região.

Com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 830 bilhões, a Amazônia Legal reúne um vasto conjunto de cadeias produtivas com potencial de internacionalização. A região já exporta uma ampla variedade de produtos, incluindo soja, milho, carne bovina, peixes nativos como o pirarucu, castanha-do-pará, açaí, cacau e café. Também ganham destaque os óleos vegetais, resinas, madeiras certificadas e minérios como ferro, cobre e bauxita. Muitos desses itens carregam o valor agregado da biodiversidade local e têm espaço crescente em mercados que valorizam produtos sustentáveis. A similaridade entre os biomas amazônico e africano reforça a afinidade entre os mercados, abrindo portas para parcerias produtivas.

Misael Moreno, gerente executivo de estratégia de negócio do Banco da Amazônia, destaca: “A parceria do Banco da Amazônia com o IBRAF permitirá identificar novas possibilidades de desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia, destacando inclusive o potencial da biodiversidade única da região. Ao impulsionar produtos da região amazônica, não só fortaleceremos a economia local em diversos setores e portes, sobretudo promovendo a inclusão social, como também o beneficiamento direto dos pequenos produtores e das comunidades amazônicas. Com isso, almejamos fortalecer laços comerciais e ampliar o acesso a mercados internacionais, contribuindo para a prosperidade e sustentabilidade da região.”

Pesquisas, ao lado da capacitação e da promoção de eventos, compõem o tripé que sustenta as ações do IBRAF desde sua fundação, em 2013. Por meio desses pilares, a instituição atua de forma estratégica para promover o desenvolvimento sustentável, o intercâmbio de conhecimentos e a aproximação entre o Brasil e os países africanos, contribuindo para a construção de parcerias sólidas e duradouras entre os dois lados do Atlântico.