Exposição sobre Nelson Mandela marca inauguração do Centro Cultural Banco da Amazônia em Belém

Na noite de 9 de outubro, cerca de 450 pessoas participaram da solenidade de inauguração da exposição multimídia “Mandela, Ícone Mundial de Reconciliação”, evento que marcou a abertura oficial do Centro Cultural Banco da Amazônia (CCBA), novo espaço dedicado às manifestações artísticas e culturais na cidade de Belém (PA). A mostra, promovida pelo Instituto Brasil África (IBRAF) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, de Joanesburgo, e com patrocínio do Banco da Amazônia (BASA), foi apresentada pela primeira vez no novo centro cultural e já se destaca como atração de grande relevância regional.
Presenças e homenagens
Estiveram presentes à cerimônia o presidente do IBRAF, João Bosco Monte; o curador da exposição, Christopher Till; a diretora de arquivo e pesquisa da Fundação Nelson Mandela, Razia Saleh; o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa; o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho; além de representantes da imprensa local, autoridades e personalidades ligadas aos setores artístico e cultural de Belém.
Para João Bosco Monte, a inauguração representa uma conquista simbólica. “Essa parceria entre o IBRAF, a Nelson Mandela Foundation e o BASA é decisiva para projetar o legado de Mandela no Brasil e na Amazônia. Unir forças institucionais permite que histórias de luta, reconciliação e justiça cheguem a públicos diversos, fortalecendo nosso compromisso com educação, cultura e memória.”
Luiz Lessa também enfatizou o alcance da iniciativa: “Queremos promover uma combinação de exposições internacionais inéditas na Amazônia, além de dar voz à produção artística local. O Centro Cultural será um polo de convergência entre o mundo e nossa região, valorizando identidade e pluralidade.”
Christopher Till, curador da mostra e ex-diretor do Museu do Apartheid em Joanesburgo, comentou sobre o poder simbólico de Mandela. “Madiba sempre acreditou que a reconciliação e a justiça são construídas por cada indivíduo, em sua vida cotidiana. Trazer esta mensagem a Belém é reafirmar que o compromisso com a democracia e os direitos humanos não tem fronteiras.”
A representante da Fundação Nelson Mandela, Razia Saleh, enfatizou o papel da instituição na preservação e expansão do legado do líder sul-africano. Ela destacou que o trabalho da Fundação com jovens é essencial “para garantir que os valores e ensinamentos de Madiba transcendam gerações, inspirando novas lideranças comprometidas com a igualdade, a solidariedade e a construção de um futuro mais justo”.
Durante a solenidade de abertura do CCBA, o governador Helder Barbalho saudou a iniciativa e ressaltou a importância de que o Pará se insira como palco cultural no cenário nacional e internacional, fortalecendo políticas de cultura e educação.

A mostra e seus recursos de acessibilidade
A exposição reúne cerca de 50 painéis com fotografias, textos e conteúdos multimídia que percorrem a vida de Mandela — desde sua infância na África do Sul, passando pela luta contra o apartheid, os 27 anos de prisão até sua eleição como primeiro presidente negro do país.
Pensando na inclusão de todos os públicos, a mostra conta com recursos de acessibilidade, incluindo audiodescrição e narração dos textos de todos os painéis, garantindo que visitantes com deficiência visual e baixa percepção visual também possam experimentar a narrativa de forma plena.
Próximos passos e relevância
A exposição permanece em cartaz até 30 de novembro de 2025, com entrada gratuita. Um momento alto na programação ocorrerá em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, com atividades que conectarão o legado de Mandela às lutas históricas do povo negro no Brasil.
O Centro Cultural Banco da Amazônia, instalado no prédio do Basa na avenida Presidente Vargas, surge com ambição de ser um ponto permanente de convergência entre cultura local, nacional e internacional, reunindo exposições, biblioteca e espaços de convivência e reflexão.
Serviço
Exposição Mandela, Ícone Mundial de Reconciliação
Período: 9 de outubro a 30 de novembro de 2025
Horário de visitação:
Outubro: segunda a sexta, das 14h às 20h
Novembro: terça a domingo, das 10h às 20h
Local: Centro Cultural Banco da Amazônia – Galeria 1 (Avenida Presidente Vargas, 800 – Campina, Belém – PA)
Entrada: gratuita
Classificação: livre